quarta-feira, 29 de maio de 2013

Ondas de calor afetam qualidade de vida da mulher menopausada

   






As ondas de calor interferem com a qualidade de vida da mulher na menopausa. Um estudo inglês avalia se outros fatores são tão ou mais importantes para o bem estar da mulher nesta fase da vida
Você sabe o que são as ondas de calor na menopausa? 
          Qualidade de vida é uma questão essencial para todos nos dias atuais. Todo mundo deseja ainda que qualidade de vida englobe aspectos tão diversos, tais como queixas físicas, funcionamento psíquico, desempenho de atividades e engajamento social. Para as mulheres na menopausa a qualidade de vida pode ser seriamente ameaçada em função das ondas de calor e suores noturnos. Pelo menos é isso que mostra um estudo inglês que avaliou esta associação em 140 mulheres, com idade média de 53 anos que estavam entrando na menopausa ou já haviam parado de menstruar há mais de 1 ano. Todas referiam ter sintomas vasomotores, as populares ondas de calor, no mínimo 10 vezes por semana, por pelo menos 30 dias. Diversas informações sócio-demográficas, hábitos de vida, uso de hormônios, estado de saúde e sobre qualidade de vida foram coletadas. Resultados mais significativos, as mulheres que sofriam com ondas de calor tinham pior qualidade de vida na comparação com as mulheres dos grupos controles usados, um deles de mulheres da mesma idade, representantes da população inglesa. No geral, pior qualidade de vida estava também associada com preocupações psicológicas, com o fato de ser mais jovem e estar acima do peso, além de ter pior estado de saúde.
          As conclusões da pesquisa reforçam este complicado caminho entre sofrer de fogachos e ter pior qualidade de vida. É possível que ao sofrer das ondas de calor, elas se sintam envergonhadas para sair e conviver socialmente, acabem assim se isolando socialmente. Pode também acontecer que elas durmam mal em função dos suores noturnos, ficando cansadas e irritadas. Tudo isso contribuindo negativamente para o bem estar psíquico e social. Mas é claro que isso não funciona apenas deste jeito e o problema é muito mais complexo, incluindo outras dimensões. Uma delas é o modo como a mulher enfrenta suas dificuldades. Para corroborar esta hipótese, os autores concluem que mais importante que o número de ondas de calor é o modo como elas classificam a queixa.
          Se elas consideram como muito problemáticas, aí sim há um prejuízo da qualidade de vida. Isso ajuda a entender porque muitas mulheres menopausadas não esquentam a cabeça, literalmente, quando estão pegando fogo com ondas de calor (Ayers & Hunter. Health related quality of life of women with menopausal hot flushes and night sweats. Climateric 2013)

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